terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A pergunta fundamental...



Belo Horizonte, 21 de dezembro de 2010, 17:21 hs.

Vinte anos e alguns meses se passaram... lágrimas foram soltas, risos foram abertos; pessoas vieram, pessoas foram; ideias foram obtidas, conceitos foram negados; houveram sentimentos fortes e incontroláveis, houveram faltas enormes de uma simples brisa; perguntas foram respondidas, respostas não foram encontradas... este ser viveu sua vida tentando encontrar a resposta para a pergunta fundamental, encontrar um sentido pra viver, para ter vontade de o fazer... ou ao menos encontrar o que ele lembrava que, um dia, tinha lhe dado uma razão para tal... lhe dado paz. É com muita tristeza que ele diz que não conseguiu... que mesmo depois de tantas buscas... falhou.
Ele afirma que existe sim sentido para a vida, mas que é individual e diferente para cada um, e que nem todos o buscam, e nem todos o encontram.

Hoje ele se sente o nada, afirma que sua busca não foi em vão, que descobriu coisas que acredita que somente ele saiba mas que mesmo assim ainda nada sabe. Apesar de se adaptar a qualquer ambiente, ele continua se escondendo... mostrando uma máscara, passando os dias como um fantasma. Se sente diferente de tudo, de todos, quando todos deveriam ter mais semelhanças. Se sente só, perdido... mas infelizmente não sente medo, pois se criou um monstro que nada teme e cuja as fraquezas não são vistas.
Ele aceita como homem e sem arrependimentos as escolhas que fez, os caminhos que percorreu e as consequências que vive... mas tudo poderia ser tão diferente.

"A humanidade está podre"... e cada vez tudo fica mais sentido, sem cor, sem brilho... nada mais gera entusiasmo, ânimo, vontade de viver. Nada mais importa.

Por fim... 42 não faz sentido... assim como nenhum outro número, letra, pessoa. E a esperança, que deveria brilhar verde como nunca... agora é uma senhora cansada, sentada em sua varada ao pôr do sol, em sua cadeira de balanço, tomando chá, e enfim... em paz!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

F•R•I•E•N•D•S


No dia 07 de dezembro de 2010, por volta das 13:05 hs, eu vi o episódio 20 da 10ª temporada de Friends... eu tinha acabado de ver Friends.

Vi em um episódio duplo (19 e 20), felizmente não chorei de derramar lágrimas, mas me emocionava a cada fala, meus olhos enchiam de água a cada gesto... foi um aperto que eu senti poucas vezes na vida, imagino que seja pelo fato de que iria acabar.
Quando acabou, eu senti como se tivesse um universo dentro de mim, nunca senti um vazio tão grande, tão sozinho, tão triste, tão amedrontado... afinal, tinha acabado!

Se eu me lembro bem, eu fiquei mais de um ano assistindo Friends, pois eu via um pouco um dia, depois de um mês via mais, alguns dias depois via mais um episódio e por aí vai. São 10 temporadas, sendo as temporadas 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8 e 9 de 24 episódios, a 6 de 25 e a 10ª de 20, cada episódio com média de 24 minutos... mais de 90 horas de perfeição!

Friends é o que tem maior culpa por eu não acreditar em amizade, pois desde quando eu começei a ver, eu fiquei imaginando como seria ter relações como as deles, perfeitas. Comparei estas relações com todas as pessoas que eu conhecia e situações que vivi e vi... e nenhuma bateu. Para mim é inexplicável o que eles vivem, o que eles são. Com isso, logo no início Friends virou minha arma de alegria, sempre que eu estava triste era só ver um ou dois episódios que mudava imediatamente. Todos os episódios de são ótimo, não teve um episódio que eu pensei "podia ter tido mais", ou algo do tipo.

Com Friends eu aprendi muito sobre relações e convivência, me ajudou muito. Muitas das situações que vivi e vi estão em Friends, e muitas das situações que vi em Friends eu vive e/ou vi. Acordei para um monte de coisas que acontecia comigo e eu ficava me perguntando o por quê.
Friends me fez sentir o que nenhuma outra série ou mesmo filme, anime, desenho, o que for fez. Eu realmente não consigo dizer o que eu sinto por Friends... muito infelizmente acabou... pra sempre (há boatos sobre filme, mas duvido).

Todos os personagens de Friends são diferentes e feitos para que você aprenda alguma coisa sobre convivência com eles, ao menos eu peguei isso com eles. Alguns trejeitos você acaba pegando de tanto ver, até mesmo algumas falas. Depois, o engraçado é que você começa a ver estes mesmo trejeitos e falas em vários outros filmes e cia... copiadores!
Não sou capaz de dizer que pareço mais com um ou com outro personagem de Friends, tenho características dos 6 principais, uns mais do que os outros.
Foram muitos encontros, desencontros, amores, paixões, namoros, rompimentos, alegrias, tristezas, risos, choros, chuvas... 10 anos de série é muita coisa!

Bom, vou parar por aqui que estou me embolando no que quero falar e alongando demais.
Ouvi, senti, aprendi... Friends foi a melhor coisa que já me aconteceu e sempre usarei como arma de alegria, pois tenho certeza de que sempre que eu assistir, será como da primeira vez.
Infelizmente já não tenho mais esperanças de encontrar pessoas para ter o mesmo tipo de relacionamento, mas não custa ter esperança de um dia estar sentado no sofá de um Central Perk, quase nunca falando coisas com sentido, mas sendo a pessoa mais feliz do mundo!

"I'll be there for you (when the rain starts to pour)
I'll be there for you (like I've been there before)
I'll be there for you ('cause you're there for me too)"







quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Eu.



Sou uma dúvida em evolução, o ódio constante, a paz eternizada.
Sou como Alice na toca do coelho conhecendo sonhos reais e realidades ilusórias.
Sou uma teoria constante sobre o quê, quando, como, por quê.
Sou um clone, uma farsa. Uma criança, um adulto, um velho, um imortal.
Sou como Dorian desfrutando dos prazeres da vida, me tornando um monstro moldado.
Sou como o primeiro anjo, que cobiça poder e por ele luta constantemente.
Sou como Deus escrevendo destinos, influenciando pessoas e rindo de suas criaturas.
Sou como Lecter preso por um desejo, mantido por uma vontade e vivo por um objetivo.
Sou como eu, sou como você. Sou eu, sou você!
Sou o que você vê, o que você cria. O que você teme e o que você deseja.
Sou o brilho eterno de uma mente sem lembranças, maldando o infinito com fragmentos de um herói do passado, um vilão do presente e uma icognita do futuro.
Sou o mocinho, sou o bandido.
Sou aquele que ajuda, aquele que prejudica. O que cria e o que destroi.
Sou a cara e a coroa.
E assim sigo pela eternidade... Roubando vidas.

(.Lot Satoru)