terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A pergunta fundamental...



Belo Horizonte, 21 de dezembro de 2010, 17:21 hs.

Vinte anos e alguns meses se passaram... lágrimas foram soltas, risos foram abertos; pessoas vieram, pessoas foram; ideias foram obtidas, conceitos foram negados; houveram sentimentos fortes e incontroláveis, houveram faltas enormes de uma simples brisa; perguntas foram respondidas, respostas não foram encontradas... este ser viveu sua vida tentando encontrar a resposta para a pergunta fundamental, encontrar um sentido pra viver, para ter vontade de o fazer... ou ao menos encontrar o que ele lembrava que, um dia, tinha lhe dado uma razão para tal... lhe dado paz. É com muita tristeza que ele diz que não conseguiu... que mesmo depois de tantas buscas... falhou.
Ele afirma que existe sim sentido para a vida, mas que é individual e diferente para cada um, e que nem todos o buscam, e nem todos o encontram.

Hoje ele se sente o nada, afirma que sua busca não foi em vão, que descobriu coisas que acredita que somente ele saiba mas que mesmo assim ainda nada sabe. Apesar de se adaptar a qualquer ambiente, ele continua se escondendo... mostrando uma máscara, passando os dias como um fantasma. Se sente diferente de tudo, de todos, quando todos deveriam ter mais semelhanças. Se sente só, perdido... mas infelizmente não sente medo, pois se criou um monstro que nada teme e cuja as fraquezas não são vistas.
Ele aceita como homem e sem arrependimentos as escolhas que fez, os caminhos que percorreu e as consequências que vive... mas tudo poderia ser tão diferente.

"A humanidade está podre"... e cada vez tudo fica mais sentido, sem cor, sem brilho... nada mais gera entusiasmo, ânimo, vontade de viver. Nada mais importa.

Por fim... 42 não faz sentido... assim como nenhum outro número, letra, pessoa. E a esperança, que deveria brilhar verde como nunca... agora é uma senhora cansada, sentada em sua varada ao pôr do sol, em sua cadeira de balanço, tomando chá, e enfim... em paz!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

F•R•I•E•N•D•S


No dia 07 de dezembro de 2010, por volta das 13:05 hs, eu vi o episódio 20 da 10ª temporada de Friends... eu tinha acabado de ver Friends.

Vi em um episódio duplo (19 e 20), felizmente não chorei de derramar lágrimas, mas me emocionava a cada fala, meus olhos enchiam de água a cada gesto... foi um aperto que eu senti poucas vezes na vida, imagino que seja pelo fato de que iria acabar.
Quando acabou, eu senti como se tivesse um universo dentro de mim, nunca senti um vazio tão grande, tão sozinho, tão triste, tão amedrontado... afinal, tinha acabado!

Se eu me lembro bem, eu fiquei mais de um ano assistindo Friends, pois eu via um pouco um dia, depois de um mês via mais, alguns dias depois via mais um episódio e por aí vai. São 10 temporadas, sendo as temporadas 1, 2, 3, 4, 5, 7, 8 e 9 de 24 episódios, a 6 de 25 e a 10ª de 20, cada episódio com média de 24 minutos... mais de 90 horas de perfeição!

Friends é o que tem maior culpa por eu não acreditar em amizade, pois desde quando eu começei a ver, eu fiquei imaginando como seria ter relações como as deles, perfeitas. Comparei estas relações com todas as pessoas que eu conhecia e situações que vivi e vi... e nenhuma bateu. Para mim é inexplicável o que eles vivem, o que eles são. Com isso, logo no início Friends virou minha arma de alegria, sempre que eu estava triste era só ver um ou dois episódios que mudava imediatamente. Todos os episódios de são ótimo, não teve um episódio que eu pensei "podia ter tido mais", ou algo do tipo.

Com Friends eu aprendi muito sobre relações e convivência, me ajudou muito. Muitas das situações que vivi e vi estão em Friends, e muitas das situações que vi em Friends eu vive e/ou vi. Acordei para um monte de coisas que acontecia comigo e eu ficava me perguntando o por quê.
Friends me fez sentir o que nenhuma outra série ou mesmo filme, anime, desenho, o que for fez. Eu realmente não consigo dizer o que eu sinto por Friends... muito infelizmente acabou... pra sempre (há boatos sobre filme, mas duvido).

Todos os personagens de Friends são diferentes e feitos para que você aprenda alguma coisa sobre convivência com eles, ao menos eu peguei isso com eles. Alguns trejeitos você acaba pegando de tanto ver, até mesmo algumas falas. Depois, o engraçado é que você começa a ver estes mesmo trejeitos e falas em vários outros filmes e cia... copiadores!
Não sou capaz de dizer que pareço mais com um ou com outro personagem de Friends, tenho características dos 6 principais, uns mais do que os outros.
Foram muitos encontros, desencontros, amores, paixões, namoros, rompimentos, alegrias, tristezas, risos, choros, chuvas... 10 anos de série é muita coisa!

Bom, vou parar por aqui que estou me embolando no que quero falar e alongando demais.
Ouvi, senti, aprendi... Friends foi a melhor coisa que já me aconteceu e sempre usarei como arma de alegria, pois tenho certeza de que sempre que eu assistir, será como da primeira vez.
Infelizmente já não tenho mais esperanças de encontrar pessoas para ter o mesmo tipo de relacionamento, mas não custa ter esperança de um dia estar sentado no sofá de um Central Perk, quase nunca falando coisas com sentido, mas sendo a pessoa mais feliz do mundo!

"I'll be there for you (when the rain starts to pour)
I'll be there for you (like I've been there before)
I'll be there for you ('cause you're there for me too)"







quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Eu.



Sou uma dúvida em evolução, o ódio constante, a paz eternizada.
Sou como Alice na toca do coelho conhecendo sonhos reais e realidades ilusórias.
Sou uma teoria constante sobre o quê, quando, como, por quê.
Sou um clone, uma farsa. Uma criança, um adulto, um velho, um imortal.
Sou como Dorian desfrutando dos prazeres da vida, me tornando um monstro moldado.
Sou como o primeiro anjo, que cobiça poder e por ele luta constantemente.
Sou como Deus escrevendo destinos, influenciando pessoas e rindo de suas criaturas.
Sou como Lecter preso por um desejo, mantido por uma vontade e vivo por um objetivo.
Sou como eu, sou como você. Sou eu, sou você!
Sou o que você vê, o que você cria. O que você teme e o que você deseja.
Sou o brilho eterno de uma mente sem lembranças, maldando o infinito com fragmentos de um herói do passado, um vilão do presente e uma icognita do futuro.
Sou o mocinho, sou o bandido.
Sou aquele que ajuda, aquele que prejudica. O que cria e o que destroi.
Sou a cara e a coroa.
E assim sigo pela eternidade... Roubando vidas.

(.Lot Satoru)

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

domingo, 7 de novembro de 2010

Fim de ano = tudo!

Olá você, tudo bem?
Bom, inspirado neste post do blog The Clow que sigo e recomendo, resolvi fazer este singelo mas importante post sobre o que é o fim de ano para mim.
Pois bem, fim de ano para mim, como penso que seja para todos e não somente para a rede Globo é tempo de retrospectiva, tempo de pensar em tudo que se passou no ano inteiro, em tudo que fizemos, em tudo que quisermos fazer, em tudo que não fizemos... em tudo!
Para mim, o fim de ano é a pior e melhor época do ano... pois tudo, literalmente e simplesmente tudo que eu sinto vem a tona em uma correnteza muito forte, todo o rio que é represado o ano inteiro transborda... todas as emoções, todos os sentimentos, todos os desejos, todas as tristezas... tudo!

É a pior época do ano porque apesar de não demonstrar (ao menos penso que não demonstro) eu sou uma pessoa bastante complexissada, carente e sentimental (acho que eu não deveria estar falando isso aqui... ¬¬ maldito final de ano), e apesar de controlar isso muito bem (menos os complexos), no final de ano tudo vem com a força de todos os jedis juntos e acabam comigo... o vazio que eu tenho dentro de mim (e não é fome!) aumenta mil vezes, eu me sinto mais sozinho que nunca, mais triste que nunca, mais deprimido que nunca... as emoções e sentimentos que eu não sinto com frequência e/ou me recuso a sentir quase tomam conta.
Eu sinto como se o mundo fosse ruir sobre mim, como se eu tivesse falhado em tudo que eu tentei fazer durante o ano, minhas certezas se tornam incertezas e minha mente se enche de dúvidas e perguntas das quais eu já tinha me livrado. É quando eu me sinto mais carente que nunca, mais complexissado que nunca, mas sentimental que nunca (que emo ¬¬).
Mas por outro lado algumas dessas sensações ruins são boas, pois eu sou masoquista sentimental (emo again!) e gosto de ficar triste, deprimido, sozinho... mas sinceramente... não no final do ano!
Tá... então alguns pensão: "Mas o que isso tem de ruim?"... para mim, muita coisa, pois é muita coisa de uma vez só pra se lidar, com pouco tempo, muita pressão com isso, cobrança de mim mesmo, e a decepção... que é a pior de todas as sensações que eu sinto... decepção de estar triste em uma época onde fui ensinado a não estar, de... bom... de outras coisas também.

É a melhor época do ano pois eu me sinto bem, é onde eu consigo chegar o mais perto e até sentir o que os outros chama de "paz de espírito"... um momento de botão foda-se ligado, que mesmo não querendo admitir, ajuda muito! No fim do ano eu sinto muita alegria, muita felicidade, todas as sensações boas que eu já senti vem a tona e me deixam em orgasmo de bem-estar (orgasmo de bem-estar? Que seja!). Eu sinto felicidade pelas pessoas, sinto a felicidade das pessoas, sinto a minha felicidade que não sinto muito frequentemente. Os dias de chuva são gloriosos... nada como ficar no sofá assistindo a um (ou vários!) filme (mesmo que seja todos os "Jogos Mortais (Saw)" igual eu fiz ontem); acordar as 6 da manhã em um domingo, com quase todos ainda dormindo e ficar apenas ouvindo o som da chuva, debaixo do cobertor, lembrando de coisas que se passaram durante os anos, coisas que eu somente conseguiria lembrar nitidamente em momentos de perfeição como estes (coisas boas, extremamente boas). As pessoas melhoram no fim do ano, o "espírito de natal" toma conta de todos (que eu conheço, pelo menos), e tudo vira vastos campos de morangos com lindos morangos.
E é claro que eu não poderia me esquecer dele... o natal! Ou melhor... a véspera de natal e a manhã de natal, pois são a noite e a manhã mais perfeita do ano, neste período, de alguma forma que eu não consigo explicar, eu não consigo sentir nada de ruim, nenhuma sensação triste ou que possa me deixar pra baixo, pelo contrário... eu somente sinto coisas ótimas, sensação de segurança, alívio, curiosidade (para com o novo ano); abraçar alguém e desejar feliz natal... simples palavras... mas palavras que para mim, sendo sinceras e não somente porque tem que ser, significam muito.
Voltando a novembro... mais início/meio de dezembro, me vejo deslumbrado com as luzes de natal, as árvores, os bonecos de papai noel que cada ano ficam mais diferentes... eles sobem escada, andam de moto, pulam de para-quedas... estão cada vez mais radicais esses velhinhos safados que para aqueles que não sabem usavam roupas verdes e então tem o mito da coca-cola que tantos já ouviram que é explicado aqui. Continuando, eu fico muito impressionado com a decoração de natal de alguns lugares... é realmente magnífico... não sei se é porque eu vim da roça e vi estrelas demais (mas ainda amo³), porque eu aaaamo³ luzes, ficar vendo luzes de natal piscando... perfeito!
Bom, mas neste tempo eu sou contagiado por ótimas coisas que superam todas as ruins que eu sinto e senti no ano, sensações ótimas, emoções ótimas, de ótimo... tudo!

Separei as coisas boas e ruins (acho que tenho mania de fazer isso), mas no caso do fim de ano, as coisas ruins vem primeiro com mais força e depois as coisas boas vão se equilibrando até tomarem conta, o que é ótimo!
Bem... são 01:13 da manhã de segunda-feira, 8 de novembro de 2010... começei a escrever devia ser umas 23:30 não mais que isso, quando começei não sabia muito bem como começar, depois de algumas linhas não sabia como parar... não sei se escrevi demais, mas escrevi o que queria escrever e estou percebendo que isso faz um bem danado! Infelizmente não sinto o que sentia quando começei a escrever... o entusiasmo passou, a agitação passou... tudo passou... agora vou dormir, pois daqui a pouco começa mais uma semana agitada e cansativa de trabalho!
Boa noite, esforce-se!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Aquele que suplantou - Capítulo I: Génese

Fevereiro de 2009, um dos ponto do ônibus 4113 (Bom Jesus), 22:30 hs.

Como sempre para aquela época, poucas pessoas no ponto, eu apoiado na parede, distante das pessoas, apenas esperando o ônibus para voltar para casa depois de mais um dia de trabalho e de escola. Quando vejo, com a inocência de quem simplesmente lança o olhar em outra direção por estar cansado do que está vendo, dobrando a esquina, um garoto qualquer... não me lembro como ele estava vestido, apenas lembro do rosto e da mochila. Dobrada a esquina, ele seguiu até o ponto e parou... e isso parou... continuei minha vida como se nada tivesse acontecido, quando chegou o ônibus, fui para entrar, como sempre deixo todos entrarem primeiro, ele entrou junto com as outras pessoas e eu fiquei até todos entrarem e em seguida entrei, fui pra casa, e tudo continuou do jeito que estava.

No dia seguinte, a história se repetiu quase do mesmo jeito, só que desta vez eu não vi ninguém dobrando a esquina,e sim o vi, o mesmo ser, sentado. Percebi ali que já havia visto aquela pessoa outras vezes naquele mesmo lugar, mas nunca antes nem sequer notado. Neste dia ele estava falando ao celular, como estava no dia seguinte... e no seguinte... e em alguns outros dias variados, pelo visto ele gostava de falar ao telefone.

A história se repetia quase sempre, quase todos os dias, eu ia para o ponto de ônibus, e minutos depois lá estava ele, o cara qualquer.

Passei alguns dias observando aquele ser, com nada de diferente, mas simplesmente meu olhar pedia pelo dele, o qual sempre era retribuído, mas eu nunca conseguira sustentar. Sim, ele era realmente bonito, e eu estava atraído por ele, mas pensei: “Ele é bonito demais pra mim!”. Após este pensamento não mais olhei, e alguns dias após isso, percebi que já não o via todos os dias, que ele já não mais estava lá com tanta freqüência. Nada de diferente acontecera, nada alterara minha rotina, nada mudara minha vida... por hora.

domingo, 24 de outubro de 2010

Amar - Carlos Drummond de Andrade



Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados amar?

Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?

Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o cru,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave
de rapina.

Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.

Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita.


Carlos Drummond de Andrade

sábado, 16 de outubro de 2010

Duas de duas

Em um post anterior, postei uma das duas paixões que tive em meus (até agora) 20 anos (19... 20 daqui a 9 dias). Como postei com a intenção de escrever sobre a segunda... chegou a hora.
Só que para a segunda eu tive uma idéia melhor... não irei postar com o título "Duas de duas" e nem irei postar em um post só, pois gosto muito dos detalhes desta e então, escreverei em capítulos.
O nome do post (conto) será "Aquele que suplantou", sou péssimo pra escrever mas tentarei ao máximo escrever bem e de um jeito coerente nos capítulos, penso que isso será muito bom até mesmo porque pretendo escrever contos... esse pode ser o primeiro, mas com tudo verdadeiro.
Bom... é isso, isto é apenas uma apresentação para o que irei escrever, tentarei escrever rápido e na esperança de que alguém leia.

Sem mais para o momento...

.Lot Satoru

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O que ninguém nunca perguntou e que realmente importa

Olá você!
Posso afirmar que conheço poucas pessoas, e posso afirmar mais ainda (tem como?) que poucas pessoas me conhecem... mesmo os que me conhecem... o que eles sabem sobre mim?! Meu nome? Meu sobrenome? Onde eu moro? Quem são meus amigos? Com que eu trabalho?
Eu realmente não penso que essas sejam as melhores coisas pra se saber, claro que é importante e ajudam... mas pra mim não são o que realmente importam...
Pois é com esta intenção que faço este post, para falar coisas do verdadeiro Luciano que ninguém nunca teve interesse... mas que para mim... é o que realmente importa.

Eu amo:

Receber bom dia.
Ouvir o som da chuva ao dormir ou ver filme em casa.
Sentir cheiro de terra molhada.
Ouvir histórias de contos de fadas.
Ouvir qualquer história, estórias, casos, causos...
Dormir com frio, para ter que me cobrir e sentir protegido.
Passar noites acordado conversando com qualquer pessoa interessante.
Mexer no computador no escuro.
Ficar acordado a noite, desde que eu não tenha compromissos no outro dia de manhã.
Sair sem destino.
Receber carícias no cabelo.
Ouvir uma palavra sincera de amizade.
Ouvir um "eu gosto de você" que não seja da boca pra fora.
Ficar apaixonado.
Sofrer por ficar apaixonado.
Coca-cola com Doritos.
Ir ao cinema sozinho.
Ir ao cinema acompanhado.
Rir sozinho.
Conhecer gente nova.
Colecionar filmes.
Ouvir Legião Urbana quando estou triste e assim ficar ainda mais triste...
Quando as pessoas não se incomodam com meu silêncio e se sentem bem ao meu lado.
Colo.
Natal.
Ouvir música que eu gosto ao acordar no sábado.
Ver movimentos legais de animais legais em câmera lenta.
Ir ao parque e tentar jogar vôlei.
Ficar doente em casa.
Que leiam meu blog e comentem.
Que meus gatos (felino), quando eu os tinha, dormissem comigo.
Brincar com crianças.
Amor platônico.
Ser acordado por amigos, simplesmente para ser acordado.
Ver o sol nascer.
Ver o sol se por.
Lamber a tampa do iogurte.
Tomar danoninho com o dedo.
Ver trilogias em sequência.

Eu odeio:

Que escrevam na minha borracha.
Perder caneta de ponta fina.
Horário político.
Mentira.
Segunda-feira.
Plantão jornalístico na hora de desenho.
Dormir cedo final de semana.
Traição.
Assalto.
Pessoas que jogam lixo na rua.
Ter vergonha de tudo e todos.
Não conseguir retribuir.
Ser desprezado.
Cochichos.
Dormir sem travesseiro.
Acordar primeiro que todo mundo na casa.
Acordar depois que todo mundo na casa.
Guardar segredo.
Acordar de mau humor.
Cobradores de ônibus de mau humor.
Receber má resposta.
Me sentir mal por ver pessoas com deficiência, pode ser egoísta, mas eu realmente fico me sinto mal, não posso evitar.
Perder o sono domingo a noite.
Não viver de acordo com meus princípios.
Pedofilia.
Maldades com animais.
Ver como deus escravizou a humanidade.
Estar feliz perto de alguém triste.
Ver pessoas chorando.
Ver como as palavras são simplesmente jogadas ao vento nos dias de hoje.
Quiabo e jiló.
Ver filmes de comédia romântica e ver que não acontece daquele jeito.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Legião Urbana - Descrevendo e expressando

"Sou um animal sentimental
Me apego facilmente ao que desperta meu desejo

Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade,
Tudo está perdido mas existem possibilidades.

Não estou mais interessado no que sinto
Não acredito em nada além do que duvido

Sempre precisei
De um pouco de atenção
Acho que não sei quem sou
Só sei do que não gosto...

E nesses dias tão estranhos
Fica a poeira
Se escondendo pelos cantos
Esse é o nosso mundo
O que é demais
Nunca é o bastante
E a primeira vez
É sempre a última chance
Ninguém vê onde chegamos
Os assassinos estão livres
Nós não estamos...

Você é tão moderno
Se acha tão moderno
Mas é igual a seus pais
É só questão de idade
Passando dessa fase
Tanto fez e tanto faz.

Você é tão esperto
Você está tão certo
Que você nunca vai errar
Mas a vida deixa marcas
Tenha cuidado
Se um dia você dançar.

O que há de errado comigo
Não consigo encontrar abrigo
Meu país é campo inimigo
E você finge que vê,mas não vê

Eu sei é tudo sem sentido
Quero ter alguém
Com quem conversar
Alguém que depois
Não use o que eu disse
Contra mim...

Nada mais vai me ferir
É que eu já me acostumei
Com a estrada errada
Que eu segui
E com a minha própria lei...

Já estou cheio de me sentir vazio
Meu corpo é quente e estou sentindo frio
Todo mundo sabe e ninguém quer mais saber
Afinal, amar o próximo é tão demodé.

Mas, tão certo quanto o erro de ser barco
A motor e insistir em usar os remos,
É o mal que a água faz quando se afoga
E o salva-vidas não está lá porque
Não vemos

O tempo todo
Estou tentando me defender
Digam o que disserem
O mal do século é a solidão
Cada um de nós imerso em sua própria
arrogância
Esperando por um pouco de afeição

Sexo verbal
Não faz meu estilo
Palavras são erros
E os erros são seus...

Não quero lembrar
Que eu erro também
Um dia pretendo
Tentar descobrir
Porque é mais forte
Quem sabe mentir
Não quero lembrar
Que eu minto também...

Quem me dera
Ao menos uma vez
Explicar o que ninguém
Consegue entender
Que o que aconteceu
Ainda está por vir
E o futuro não é mais
Como era antigamente.

Quem me dera
Ao menos uma vez
Entender como um só Deus
Ao mesmo tempo é três
Esse mesmo Deus
Foi morto por vocês
Sua maldade, então
Deixaram Deus tão triste.

Quero ser prudente
E sempre ser correto
Quero ser constante
E sempre tentar ser sincero

Já não sei dizer se ainda sei sentir
O meu coração já não me pertence
Já não quer mais me obedecer
Parece agora estar tão cansado quanto eu
Até pensei que era mais por não saber
Que ainda sou capaz de acreditar
Me sinto tão só
E dizem que a solidão até que me cai bem
Às vezes faço planos
Às vezes quero ir
Pra algum país distante
Voltar a ser feliz

Quero me encontrar, mas não sei onde estou
Vem comigo procurar algum lugar mais calmo
Longe dessa confusão e dessa gente que não se respeita
Tenho quase certeza que eu não sou daqui

Eu canto em português errado
Acho que o imperfeito não participa do passado
Troco as pessoas
Troco os pronomes

Não sou escravo de ninguém
Ninguém, senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E, por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz.

Tenho andado distraído
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso
Só que agora é diferente
Estou tão tranqüilo
E tão contente...

Quem é o inimigo?
Quem é você?
Nos defendemos tanto tanto sem saber
Porque lutar.

Somos soldados
Pedindo esmola
E a gente não queria lutar.

Todos os dias quando acordo
Não tenho mais
O tempo que passou
Mas tenho muito tempo
Temos todo o tempo do mundo...

Todos os dias
Antes de dormir
Lembro e esqueço
Como foi o dia"


quinta-feira, 6 de maio de 2010

Curtindo um curta - The Passenger


Olá. Roubando o título de um blog que eu acompanho e adoro chamado "Ah! E por falar nisso...", irei colocar curtas que vejo no youtube e gosto.
Como primeira postagem da série Curtindo um curta posto: The Passenger, que encontrei no youtube e achei muito perfeito... ele até me deu medo!
Direção de Chris Jones.
Espero que gostem!


quarta-feira, 7 de abril de 2010

Teatro dos Vampiros - Legião Urbana

Teatro dos Vampiros é uma das músicas que eu mais gosto do Legião, pois é uma das músicas que mais marcou minha vida e, possivelmente, a que mais me descreve, ou uma delas.
Aprecie sem moderação!


Sempre precisei
De um pouco de atenção
Acho que não sei quem sou
Só sei do que não gosto...

E nesses dias tão estranhos
Fica a poeira
Se escondendo pelos cantos
Esse é o nosso mundo
O que é demais
Nunca é o bastante
E a primeira vez
É sempre a última chance
Ninguém vê onde chegamos
Os assassinos estão livres
Nós não estamos...

Vamos sair!
Mas não temos mais dinheiro
Os meus amigos todos
Estão procurando emprego...

Voltamos a viver
Como há dez anos atrás
E a cada hora que passa
Envelhecemos dez semanas...

Vamos lá, tudo bem!
Eu só quero me divertir
Esquecer dessa noite
Ter um lugar legal prá ir...

Já entregamos o alvo
E a artilharia
Comparamos nossas vidas
E esperamos que um dia
Nossas vidas
Possam se encontrar...

Quando me vi
Tendo de viver
Comigo apenas
E com o mundo
Você me veio
Como um sonho bom
E me assustei
Não sou perfeito...

Eu não esqueço
A riqueza que nós temos
Ninguém consegue perceber
E de pensar nisso tudo
Eu, homem feito
Tive medo
E não consegui dormir...

Vamos sair!
Mas estamos sem dinheiro
Os meus amigos todos
Estão, procurando emprego...

Voltamos a viver
Como a dez anos atrás
E a cada hora que passa
Envelhecemos dez semanas...

Vamos lá, tudo bem
Eu só quero me divertir
Esquecer dessa noite
Ter um lugar legal prá ir...

Já entregamos o alvo
E a artilharia
Comparamos nossas vidas
E mesmo assim
Não tenho pena de ninguém...

sexta-feira, 19 de março de 2010

Uma de duas


Olá!
Eu nunca escrevi nada, nem aqui neste blog ou em qualquer outro lugar. Penso que não sou bom para escrever, o que realmente é uma tristeza pois tenho mundo para o fazer.
Tomei coragem e deixei a preguiça de lado para escrever (ao menos tentar) sobre as duas únicas paixões da minha vida até o momento.
Esta é a primeira delas, espero que consiga dizer realmente como quero e que alguém leia. Peço desculpas desde já por algumas palavras que possam ser usadas, por erros de português e tudo de errado que encontrar.


Ano de 2002.
Ano em que eu completaria 13 anos.
Primeiro dia de aula da 5ª série, um dia muito empolgante para mim, como sempre. Morava no interior de Minas Gerais, roça mesmo, lugar onde não havia hospital, supermercado, farmácia e coisas do tipo. A escola local só havia ensino até a 4ª série do 1º grau e a escola mais próxima com os demais graus ficava a uma hora de ônibus.
Assim sendo, lá foi estava eu, esperando pelo ônibus com amigos... a viajem foi tranquila, ajudou a conhecer novas pessoas, nesta época eu não tinha metade da timidez de hoje, o que ajudou nas novas amizades. Conversa vai, conversa vem: Chegamos! Com um pouco de timidez, mas com amigos do lado (o que dá muita força), ouvimos um breve discurso da diretora da escola e fomos para as salas como designados. As primeiras aulas serviram para conhecer o resto da turma e os professores das aulas... com o passar do tempo - e gostando muito das aulas - fui escolhendo os professores prediletos, como imagino que todos façam...
Uma que me chamou muita atenção foi minha professora de geografia, alta, magra, cabelos pretos cacheados e um pouco compridos; era inteligente; sabia ensinar; tinha bondade com todos... com isso ela se tornou minha predileta (junto com a de matemática que como sempre eu adoro). Eu sentava na primeira carteira, perto do professor, e sempre fui o melhor aluno da turma... com isso conversávamos muito, tínhamos coisas em comum e era muito divertido.
Alguns meses se passaram com tudo indo muito bem e sobre controle... até que dois amigos começaram a dizer que eu estava gostando da minha professora de geografia... ... ... penso que isso se deu pois eu só falava nela e meio que a idolatrava. Com eles falando isso, percebi que realmente gostava dela... e que não era do mesmo jeito que todos os outros alunos da minha turma, eu gostava de ficar perto dela, a presença dela me dava segurança e eu ficava ansioso quando a via... percebi também que meu coração batia mais rápido e forte assim que a via, e se acalmava muito quando ela chegava perto... Não fazia a menor idéia de como lidar com isso, então deixei que continuasse como se nada estivesse acontecendo... nossa relação foi ficando melhor, eu me empenhando casa vez mais para ser o melhor em geografia, estar em destaque, ter a atenção dela. Lembro-me de uma vez que a vi triste, e com isso eu quase morri... pois não conseguiria perguntar o por quê... mas também não ficava bem com aquilo, e neste mesmo dia eu fiz muita bagunça em sua aula, pois não entendia o que estava acontecendo e precisava da atenção dela... pobre de mim, fiz a coisa errada! Mas nunca soube o que tinha acontecido, e tudo foi esquecido.
Um dia, enquanto estava fora da sala, não me lembro muito bem porque, mas imagino que estava matando aula (aposto que era uma aula muito chata). Encontrei-me com ela, como era uma escola muito pequena isso não era difícil... ela estava sentada em uma mesa perto do refeitório, eu fiquei lá, conversando com ela por um tempo, foi muito bom! Mas... conversa vai, conversa vem... calamos-nos... nenhum assunto mais... até que eu, com o coração batendo muito, mas sem saber o que estava fazendo disse:
- Professora, eu gosto de você! - pensei que estivesse matando alguém, me arrependi na hora de ter feito mas teria feito de novo também... foi algo que eu não entendi.
Detalhe importante: Ela era namorada do meu professor de história, uma pessoa muito legal.
- Que bom! - ela disse.
Percebi que o "que bom" dela foi porque ela havia entendido que eu gostava dela como professora... o que não o caso.
- Mas não do jeito que você está pensando... - eu com a fala muito calma completei.
- Hummmmm - fez ela... hoje penso neste "hummmm" como sendo uma resposta do tipo: "Eu não sei o que fazer agora", mas na hora, eu só me desesperei mais ainda e quase gritei algo do tipo:
- Mas agora acabou... - acabou nada... só aumentava... mas ao dizer isso, eu saí correndo... ... ... ... ... ... ... ... Fiquei um bom tempo sem conseguir pensar em nada... literalmente nada, fiquei apenas sentando em um lugar longe dela e sozinho... tempo passado, consciência de volta, voltei para a aula seguinte e o dia se passou.
A noite eu contei a meu melhor amigo o que havia acontecido e não me lembro o que ele disse, só me lembro que rimos muito disso tudo. Éramos muito jovens e não sabíamos nada sobre o que estava acontecendo... apenas que aconteceu!
Na próxima aula dela, tudo ocorreu muito bem... como em todas as aulas dos dias seguintes... Mas percebi que eu tinha mais da atenção dela do que qualquer outro aluno da turma e até mesmo da escola, alguns comentavam isto. Eu amava! Era um sonho! E sonhando fui eu... estava extremamente feliz com a situação, pois percebi que aquilo significava que ela gostava de mim também, mesmo que não do mesmo jeito que eu dela, mas de um jeito que me agradava melhor do que qualquer outro, até mesmo porque nunca tive um pensando com "segundas intenções" ou "impuro" com ela, era tudo amor platônico.
Bom... tudo acontecendo normalmente e eu muito feliz com a situação, pois tinha a atenção de quem eu queria... nossa relação melhorou muito, ficamos mais perto, conversávamos mais... foi tudo ótimo, não consigo imaginar coisa melhor. Tenho certeza que meu professor de história nunca soube disto. Eu escrevia cartas para ela, na verdade escrevi duas em um período de meses, dizia que era ela a melhor professora, que eu gostava dela e tal... mas nada demais.
O ano se passou com tudo perfeito... no ano seguinte eu me mudei para Coronel Fabriciano, onde dificilmente eu iria vê-la novamente... fiquei um pouco triste com isto mas também fiquei muito empolgado por estar indo para a cidade e sair da roça, lugar onde nunca foi meu sonho morar.
Nos feriados prolongados eu voltava para a casa de minha avó que sempre amei, mas nunca fui a escola novamente... até uma vez que estava na casa da minha avó e iría haver uma gincana na escola que qualquer um poderia participar... e lá fui eu! Matando saudades de pessoas, assim que cheguei procurei por ela, descobri que estava em casa... fui a casa dela (sabia onde era, mas nunca havia estado lá). Estava eu e meu amigo, conversamos bastante e fomos para a escola... não me lembro sobre o que estávamos conversando ou se fui eu quem perguntou, mas ela me disse que estava noiva e que iria se casar no próximo ano... ... ... tá né! Pensei eu. O que eu poderia fazer a não ser desejar toda felicidade do mundo, se ela estava feliz, eu também estaria!
Fui embora e até então nunca mais a vi... mas tenho certeza de que ela soube muito bem até a última vez que nos vimos que eu gostava dela e sempre iria gostar! Isso me basta tanto que muitas vezes me deu forças para continuar na vida, somente com a simples lembrança dela... a minha primeira paixão... tão perfeita e verdadeira que eu nunca irei esquecer!


.Lot Satoru